MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
PRÓ-REITORIA DE ENSINO
PLANO DE ENSINO

1. IDENTIFICAÇÃO

Professor: Guilherme Carvalho da Rosa
Unidade: Centro de Artes
Cursos: Cinema de Animação e Cinema e Audiovisual Código cursos: 5020 e 5010
Disciplina: Comunicação e Cultura (quarta-feira 17h10 às 18h50)
Código: 05002055
Créditos: 2 créditos
Ano Letivo: 2025
Carga horária: 30 horas ou 36 horas/aula semanais em 18 semanas
Semestre letivo: segundo semestre
Pré-requisitos: não há
Período: disciplina optativa
Oferecido para o curso: 5020 Cinema de Animação e 5010 Cinema e Audiovisual

2. EMENTA

Reflexão sociológica e antropológica acerca da cultura como prática social. Imbricação das dinâmicas sociais com a comunicação e o audiovisual.

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

• Contribuir para a formação integral da/do futura/o profissional com a apresentação e discussão das relações entre comunicação/audiovisual e cultura no contemporâneo.

3.1 Objetivos específicos

• Revisar parte da discussão feita nas ciências da comunicação em intersecção com outros campos, como a antropologia e a sociologia, a partir da cultura;
• Estimular a compreensão das complexidades das práticas culturais tendo como caminho de observação seu desenvolvimento a partir de relações de produção e consumo de bens culturais;
• Estimular a conexão dos temas abordados com a prática do acadêmico para que estes repertórios possam auxiliá-lo na formação profissional e humana.

4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

5. METODOLOGIA

Aula como um ambiente de ensino-aprendizagem baseado no diálogo. Apresentação e diálogo dos conteúdos. Seminários realizados pelos alunos e pelo professor com base em textos referenciais na discussão das práticas culturais e da comunicação. Avaliação a partir da produção escrita e apresentação dos seminários.

6. CRONOGRAMA

7. AVALIAÇÃO

A avaliação acontece de duas formas, durante o desenvolvimento do semestre:

• Apresentação de seminários durante a disciplina. A apresentação será em grupos de no mínimo três alunos em forma de seminário com a participação da turma com a seguinte ordem prática:
  • As/os estudantes devem organizar-se em grupos e escolher um dos 9 temas a serem apresentados. O comunicado dos grupos e temas deve ser feito até terceira aula da disciplina, conforme o cronograma. Basta enviar um e-mail ao professor ou comunicar presencialmente;
  • O grupo pode fazer uso de recursos audiovisuais para a discussão do tema, mas não constitui uma obrigatoriedade;
  • Não é permitido o uso de ferramentas de Inteligência Artificial para produção de roteiros e outros materiais para apresentação do seminário, sem exceções;
  • As/os estudantes devem apresentar o tema com base na leitura dos textos indicados e observando os parâmetros de orientação descritos abaixo.
  • É possível aos estudantes a troca de grupo em até uma semana antes da data da apresentação comunicando ao professor. A/o estudante que trocar de grupo deve procurar os colegas do novo grupo com a máxima antecedência para eventuais combinações.
  • Se algum estudante, individualmente, se interessar por algum tema e neste já houver colegas inscritos, tem total liberdade de integrar o grupo formado. Basta entrar em contato com os colegas já inscritos.
  • O compromisso dos integrantes do grupo é unicamente com a leitura do texto e o destaque dos cruzamentos com a prática e o consumo da comunicação e do audiovisual.
  • A proposição de relações dos temas com a área do curso constitui uma tarefa dos estudantes, com o auxílio do professor, no momento da apresentação.
• Trabalho escrito da disciplina. Os estudantes escolherão, individualmente, um dos temas vistos em aula, incluindo os tópicos apresentados pelo professor, com exceção do tema apresentado no seminário, para realização de um relato individual e interpretativo sobre o texto.
  • A produção deverá ser em formato acadêmico, com referências e citações de acordo com as normas NBR 10520 (citações) e NBR 6023 (referências).
  • O texto deverá conter no mínimo 3000 caracteres com espaços (equivalente a uma página e meio em espaçamento 1,5).
  • Não é permitido o uso de ferramentas de Inteligência Artificial para a escrita do trabalho, sem exceções. A/o estudante deve concentrar-se em sua própria construção de pensamento dentro do mínimo de 3000 caracteres com espaço.
  • O desenvolvimento do texto deve ser feito com base nos parâmetros de orientação descritos abaixo.
  • A entrega deve ser feita pelo Drive da disciplina (guigah.cc/trabalhos) em qualquer momento até o último dia do semestre.

7.1 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA

7.1.1 Parâmetros de orientação do trabalho escrito:

7.1.2 Parâmetros de orientação da apresentação do seminário:

7.2.4 Pesos das avaliações:

8. DEFINIÇÕES ESPECÍFICAS DA DISCIPLINA

• A presença dos alunos é registrada em ata de presença assinada pelos estudantes durante a aula. O índice de infrequência permitido pela Universidade é de 25% sobre o total da carga horária da disciplina que é de 30 horas ou 36 horas-aula, o que equivale a 9 horas-aula (4,5 dias de aula).
• De acordo com o regimento da graduação da UFPEL, há a possibilidade do estudante ter direito à atividades especiais em determinados casos e também direito à solicitação para realização de avaliações em outra data em casos excepcionais.exclusivamente para o e-mail do professor (guilhermecarvalhodarosa@gmail.com) no caso de entregas não presenciais ou entregas em até 7 dias após o prazo.
• A forma de entrega do trabalho escrito é o Drive da Disciplina, no endereço guigah.cc/trabalhos ou no link disponível no site. Dentro da pasta da disciplina e da pasta do trabalho, os estudantes devem criar uma outra pasta com seu nome contendo o arquivo do trabalho em qualquer formato (DOCX, PDF e outros passíveis de visualização).
• Durante o semestre, pode haver necessidade de avisos gerais para a turma por e-mail. Neste caso, as mensagens são enviadas por meio do Sistema Cobalto. Caso o estudante tenha necessidade de comunicação com o professor a partir das mensagens, deve ser enviado um e-mail diretamente para o endereço guilhermecarvalhodarosa@gmail.com.
• Para o caso de ser constatado plágio integral ou parcial nos trabalhos entregues ou o uso deliberado de Inteligência Artificial o estudante perderá o direito a avaliação do trabalho.
• Existem dois canais de comunicação com o professor. Pelo e-mail (guilhermecarvalhodarosa@gmail.com) ou pessoalmente, antes ou após as aulas ou nos horários de atendimento que constam no website da disciplina.
• O website da disciplina guigah.cc, propositalmente, não é encontrado no Google ou em outros motores de busca da web. Portanto, para acessar, basta digitar o endereço no navegador.

9. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Básica:

CUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. São Paulo : EDUSC, 1999. Número de chamada: 306 C963n (BCS).
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade.  11. ed. Rio de Janeiro : DP&A, 2006. Número de chamada: 306 H179i 3.ed. (BCS).
HALL, Stuart. Da Diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003. Número de chamada: 306 H179d (BCS).

Complementar:

AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? In:O que é o contemporâneo? E outros ensaios. Chapecó/SC: Argos, 2009.
AUGÉ, Marc. Não lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Campinas : Papirus, 2012. Número de chamada: 301 A918n 8.ed. (BCS)
BAUMAN, Zygmunt. Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire : um lírico no auge do capitalismo.   3. ed. São Paulo : Brasiliense, 1994. Número de chamada: 193 B468c 3.ed. (BCS)
BENJAMIN, Walter. Passagens. São Paulo: Imprensa Oficial, 2009.
BHABHA, Homi K.  O local da cultura. Belo Horizonte : UFMG, 2005.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010. Número de chamada: 305.4 B985p 3.ed. (BCS).
BUTLER, Judith. Quadros de Guerra: quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
BOURDIEU, Pierre. A distinção: crítica social do julgamento. São Paulo: Edusp; Porto Alegre, RS: Zouk, 2007. Número de chamada: 305.0944 B769d (BCS).
BOURDIEU, Pierre. A economia de Trocas Simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2009. Número de chamada: 300.8 E82 (BCS).
BRUNNER, José Joaquín. Cartografias de la modernidad. Santiago Chile: Dolmen Ediciones, 1994.
CERTEAU, Michel de.  A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 2012. Número de chamada: 306.4 C418i 13.ed. (BCS).
CHARNEY, Leo. SCHWARTZ, Vanessa (orgs.) O cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo : Cosac Naify, 2004. Número de chamada: 302.2343 C574 2.ed. (BCS)
COMOLLI, Jean-Louis. Ver e poder: a inocência perdida, cinema, televisão, ficção, documentário. Belo Horizonte: UFMG, 2008.
CRARY, Jonathan. Técnicas do Observador: visão e modernidade no século XIX. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.
CRARY, Jonathan. Suspensões da Percepção: Atenção, Espetáculo e Cultura Moderna. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
CRARY, Jonathan. 24/7: capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
DERRIDA, Jacques.  Mal de arquivo : uma impressão freudiana. Rio de Janeiro : Relume Dumará, 2001.
FOUCAULT, Michel.  A hermenêutica do sujeito: curso dado no Collège de France (1981-1982).  3. ed. São Paulo : WMF Martins Fontes, 2010.
FREUD, Sigmund.  O mal-estar na civilização. Rio de Janeiro : Imago, 1997. Número de chamada: 108 P418f (BCS)
GARCÍA CANCLINI, Néstor. A globalização imaginada. São Paulo : Iluminuras, 2003. 223 p. : il.
GARCÍA CANCLINI, Néstor. Consumidores e cidadãos : conflitos multiculturais da globalização.  4. ed. Rio de Janeiro : UFRJ, 2001. Número de chamada: 306.4 C215c / 6.ed. (BCS)
GARCÍA CANCLINI, Néstor. Diferentes, desiguais e desconectados : mapas da interculturalidade.Rio de Janeiro : UFRJ, 2005.
GARCÍA CANCLINI, Néstor. A encenação do popular. In:  Culturas Híbridas. São Paulo: Edusp, 2006. Número de chamada: 306 G216c 4.ed. (BCS)
GONÇALVES. Marco Antônio.  O real imaginado: etnografia, cinema e surrealismo em Jean Rouch. Rio de Janeiro: Top Books, 2008.
GUBER, Rosana. La etnografía: método, campo e reflexividad. Buenos Aires: Norma, 2001.
HALL, Stuart. Identidade Cultural e Diáspora. In: Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 1996 ano 24 p.68 a 75. Disponível online em: http://revista.iphan.gov.br/.
HALL, Stuart. Que “negro” é esse na cultura negra? In: Da Diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003. Número de chamada: 306 H179i 3.ed. (BCS).
HALL, Stuart. Quem precisa de identidade? In: SILVA, Tomaz Tadeu (org.). Identidade e diferença a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis/RJ: Vozes, 2000. Número de chamada: 306 I19 (BCS).
HALL, Stuart. Culturas Nacionais como Comunidades Imaginadas. In: A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. Número de chamada: 306 H179i 3.ed. (BCS).
HARVEY, David. Pós-modernismo. In: Condição Pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola, 2009. Número de chamada: 306.4 H341c 23.ed. (BCS).
HOBSBAWM, Eric; RANGER, Terence (orgs.). A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.
JACKS, Nilda; JUNIOR, Jeder Janotti; MATTOS, Maria Ângela. Mediação & Midiatização. Salvador: EDUFBA, Brasília: Compós, 2012.
JAGUARIBE, Beatriz. O choque do real : estética, mídia e cultura. Rio de Janeiro : Rocco, 2007.
LARRAIN, Jorge. Identity and Modernity in Latin America. Cambridge: Polity Press, 2000.
LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. 7. ed. Rio de Janeiro : José Olympio, [2002].
MARTÍN-BARBERO, Jesús.  Dos meios às mediações : comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro : UFRJ, 1997. Número de chamada: 302.23 M378d 6.ed. (BCS) (BCP)
MARTÍN-BARBERO, Jesús. Transformações da experiência urbana. In: Ofício de Cartógrafo. São Paulo: Edições Loyola, 2004. Número de chamada: 302.2 M379o (BCS)
SARLO, Beatriz. Cenas da vida pós-moderna. Intelectuais, arte e vídeo-cultura na Argentina. Rio de Janeiro: UFRJ, 2006. Número de chamada: 303.44 S246e 4. ed. (BCS)
SARLO, Beatriz. Modernidade Periférica: Buenos Aires 1920 e 1930. São Paulo: Cosac Naify, 2010.
SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas: forma literária e processo social no início do romance brasileiro. Rio de Janeiro: Editora 34, 2000. Número de chamada: B869.3 S411a /5.ed. (BCP).
SIBILIA, Paula. O Show do Eu: A Intimidade como Espetáculo. Rio de Janeiro: Editora Contraponto, 2016.
SIFUENTES, Lírian. ESCOSTEGUY, Ana Carolina. As relações de classe e gênero no contexto de práticas orientadas pela mídia: apontamentos teóricos. In: Revista da Compós, Brasília, v.14, n.2, maio/ago. 2011.
SIMMEL, Georg. A Metrópole e a Vida Mental. In: VELHO, Otávio Guilherme (org.). O fenômeno Urbano. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1973. Número de chamada: 307.76 F339 4.ed. (BCS).
SOUZA, Jessé. A ralé brasileira: quem é e como vive. Belo Horizonte: UFMG, 2009.
SOUZA, Jessé. Os batalhadores brasileiros: nova classe média ou nova classe trabalhadora? Belo Horizonte: UFMG, 2010.
SOUZA, Jessé. A construção social da subcidadania: para uma sociologia política da modernidade periférica. Belo Horizonte: UFMG, 2012.
ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira. São Paulo : Brasiliense, 2006. Número de chamada: 306.981 O77m 5.ed. (BCS)
RODRIGUES, Carla. Butler e a desconstrução do gênero (resenha). In: Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 13(1): 179-199, janeiro-abril/2005.
SENNETT, Richard. O Declínio do Homem Público. Rio de Janeiro: Record, 2014. Número de chamada: 302 S478d (BCS)
TAYLOR, Charles. A ética da autenticidade. São Paulo: É Realizações, 2011.
TAYLOR, Charles. As fontes do Self: a construção da identidade moderna. São Paulo: Loyola, 2013. Número de chamada: 170 T238f 2.ed. (BCS).
WOODWARD, Kathryn. Identidade e Diferença: uma introdução teórica e conceitual In: SILVA, Tomaz Tadeu (org.). Identidade e diferença a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis/RJ: Vozes, 2000. Número de chamada: 306 I19 (BCS)